Caro leitor, tenho informado nos nossos encontros a importância da educação financeira no dia a dia para mantermos as nossas finanças sob controle. Aprendemos que com disciplina e sacrifícios é possível ter uma vida equilibrada e prazerosa. Embora grande parte das pessoas pense que economia trata apenas de dinheiro, a palavra que vem do grego, oikonomia, significa “administração da casa”. Ou melhor, como explica o economista Lionel Robbins, economia é a “ciência que estuda o comportamento humano como inter-relação entre fins e meios escassos que têm usos alternativos”.
Atualmente, já acompanhamos, atenciosamente, os noticiários econômicos porque, de certo modo, já entendemos que as informações apresentadas mexem com a vida de todos nós. Logo, esse é um assunto que não diz respeito apenas ao governo, mas para ser conversado com a família, com os amigos, enfim pela sociedade em geral porque influencia e determina o nosso futuro.
No dia 31 de outubro comemoramos o Dia Mundial da Poupança, mas no nosso país poucos podem orgulha-se dessa data, pois não possuem o hábito de poupar. Continuamos trabalhando pelo dinheiro, quando na verdade é preciso trabalhar para realizar nossos sonhos. Estamos realizando poucos sonhos porque continuamos imediatistas, não conseguimos poupar e vamos aproveitando o momento, “comprar primeiro e depois ver como vai pagar”, o que contribui para o nosso endividamento.
Mas, afinal, quais são os seus sonhos? Quanto custa para realizá-los? Em quanto tempo serão alcançados? São as respostas a essas perguntas que devemos ter em mente sempre que recebemos o nosso dinheiro. Se não soubermos para que poupar, na primeira oportunidade iremos gastar com supérfluos.
O mais importante para o sucesso é o planejamento financeiro. Portanto, a primeiro lição é definir os três sonhos:
- O sonho de curto prazo (até um ano): pode ser uma viagem, quitar as dívidas;
- O sonho de médio prazo (até dez anos): Comprar um carro, casar e ter filhos, cursar uma universidade ou formar um filho;
- O sonho de longo prazo (acima de dez anos): Comprar uma casa maior, comprar um sítio, poupar para uma aposentadoria tranquila.
A segunda lição, saber quanto você precisará poupar mensalmente para realizar o que deseja. Aconselho, então, seguir à risca: “pagar-nos primeiro antes de qualquer coisa”, ou seja, poupar o percentual necessário para realizarmos nossos sonhos.
Lembrem-se, quando priorizamos nossos sonhos, o hábito de poupar ganha um incentivo poderoso – O Prazer de Realizar – e quando alcançamos, percebemos o quanto valeu a pena. Enfim, quanto custam os seus sonhos?
Edval Landulfo, Economista, Coach e Educador Financeiro