ADMINISTRAR DINHEIRO: REALIDADE OU ILUSÃO?

Recentemente em uma das minhas palestras surgiu uma pergunta de um senhor da plateia a respeito do poder que o dinheiro exerce na vida e nas relações pessoais, pois alguns têm o desejo de acumular valores enquanto que outros adoram experimentar a sensação prazerosa em gastá-lo sem compromissos. Sem dúvida, não é fácil responder a esse questionamento sem compreender a verdadeira motivação individual que cerca cada uma de nossas ações.

E para você, o dinheiro foi feito para gastar ou para poupar? O prudente ao receber a sua renda reserva uma parte para garantir o mesmo padrão de vida ou até melhorá-la no futuro. È muito comum encontrar pessoas dizendo que não tem dinheiro para nada, não consegue viajar, realizar os pagamentos das despesas necessárias para manutenção familiar, e que estão cheias de dívidas, inclusive nos cartões de crédito. Observe um pouco mais, e verão que tem famílias cujos rendimentos dariam para pagar suas despesas, poupar, investir e curtir momentos prazerosos com seus entes queridos. Sim, tem que aproveitar bem o presente e curtir com quem você ama. Isso faz bem a alma e ao corpo.

A nossa sociedade hoje está na fase aguda do consumismo, faço aqui uma relação com a etapa do crescimento infantil aonde as crianças pedem tudo que os olhos alcançam na tentativa de conhecer e aprender o NOVO. Com pouco tempo, já não parece mais interessante e deixam o objeto de lado para irem em busca de algo MAIS NOVO. O consumista adulto faz o mesmo trajeto, ao chegar numa loja transforma seus desejos em necessidades e mentalmente pronuncia a frase: “EU mereço esse presente”, e o ciclo continua a toda saída de casa, comprando coisas que não precisam e gastando quantias que farão falta ao orçamento familiar. Independente do dinheiro disponível no mês, o individuo tem a sensação que recebe pouco, e acredita que uma quantia maior seria a solução dos seus problemas financeiros, ledo engano. Com uma vida planejada as conquistas virão uma por uma sem dívidas e compromissos futuros. Portanto, o dinheiro serve tanto para gastar em momentos prazerosos como também poupar e investir no seu futuro quando sua força de trabalho já não será mais a mesma. O equilíbrio é a chave para suas realizações presente e futura, pense nisso e administre seu comportamento. Até o nosso próximo encontro.

 

Edval Landulfo, Economista, Educador Financeiro e Palestrante

Artigo publicado no jornal Ei, Táxi Fevereiro 2016

 

 

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