Finanças Pessoais: Como fazer a diferença em 2016

 

 

Leitores, o ano finalmente está terminando e tenho a certeza de que o desejo de todos é que a economia brasileira melhore para que os bons ventos da prosperidade financeira retornem aos lares e o consumo de outrora impere novamente, afinal todos gostam de comprar algo para desfrutar e ter o seu prazer saciado, essa é a expectativa. Entretanto, são vários os fatores que influenciam nessa maré de mudanças positivas como: o cenário político, ajustes fiscais, investimentos empresariais, dentre outros que não estão diretamente ligados ao poder de decisão da sociedade brasileira. Infelizmente, as perspectivas para um curto prazo não são nada animadoras e o primeiro semestre de 2016 promete ser tão ruim ou muito pior do que foi esse ano de 2015. Então, a alternativa é lamentar e viver reclamando aos quatros cantos? Acredito fielmente que não, toda crise ou dificuldade enfrentada traz junto um momento para reflexões, ajustes e novas percepções de oportunidades que surgirão nesse novo caminho. Qual dos dois lados devemos escolher: o do pessimismo ou do otimismo?

Sem dúvidas, a melhor alternativa é continuar acreditando, trabalhando muito, planejando as ações e absorvendo novos conhecimentos que proporcionarão o aproveitamento das atuais possibilidades. Dezembro é um mês excelente para refletir e adquirir novos hábitos, ao invés de pensar em gastar, o pensamento agora deve ser o de poupar, planejar e investir. O panorama econômico é que em 2016, o brasileiro enfrente novas dificuldades para obter crédito, o que tornará essa modalidade cada vez mais cara. Façamos um trato, se tiver que consumir o faça à vista, poupando antes durante um período ao invés de buscar crédito para comprar. Pratique um exercício simples: tenha a curiosidade de somar todos os juros pagos ao longo desse ano e veja o valor que “desceu pelo ralo”. Está na hora de aposentar o cartão de crédito, evitar utilizar o limite do cheque especial ou obter novos empréstimos para financiar o consumismo exacerbado que se instaurou na sociedade brasileira, levando o total comprometimento da renda, ou pior, o temível endividamento financeiro que prejudica tanto a saúde física como mental de qualquer individuo.

Logo no início do ano surgirão as despesas sazonais e obrigatórias como: o IPVA, o IPTU, as matrículas do ano letivo ou de cursos e a compra de material escolar, esse último poderá ter aumentos entre 10% a 25%, segundo a Abfiae – Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares –O importante agora é planejar, pesquisar e comprar antecipadamente para evitar acréscimos indesejáveis. Converse e negocie com os filhos para aproveitar os materiais atuais que ainda podem ser utilizados no novo ano e comprar apenas o indispensável, optando por bons produtos e com os menores preços. Seu bolso agradece e, além disso, é uma boa oportunidade para ensinar aos filhos as boas práticas de economia doméstica, afinal dinheiro não dá em árvores e todo tostão poupado será sempre bem vindo.

Lembre-se de que o ciclo da vida possui seus altos e baixos, e com a economia brasileira não é diferente. Prepare-se para enfrentar esse momento e com certeza conseguirá atravessá-lo com alguns cortes e ajustes, e ao final sobreviverá o longo trajeto. Seja fiel ao seu orçamento doméstico, poupe quanto puder, compre apenas o necessário e desfrute mais das opções gratuitas e em família como encontros e diversões ao ar livre. É melhor restringir os gastos do que se endividar, comece mudando os seus hábitos e torne-se um consumidor consciente e sustentável. Boas festas e Feliz ano novo, até o próximo encontro.

Edval Landulfo, Economista, Coach e Educador Financeiro

Artigo publicado no jornal Ei, Táxi dezembro de 2015

 

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