PLANEJAMENTO FINANCEIRO PARA 2016: CONSUMO CONSCIENTE E SUSTENTÁVEL

Caro leitor, como está o seu planejamento financeiro para 2016? Conseguiu realizar todas as metas estabelecidas para este ano que está terminando? Pergunto porque a conscientização dessa importantíssima etapa financeira fará toda diferença na sua vida e dos seus familiares no ano que vai iniciar. É fato que a nossa economia retraiu e muitos setores amargaram com a dificuldade econômica gerada pela falta de habilidade, de competência e de boa gestão dos recursos públicos. Sim, o problema não começou em 2015, como alguns acreditam, na verdade, essa situação vem dando sinais há mais ou menos três anos, mas nada foi feito para corrigir o rumo das contas públicas, ou melhor, (ou pior), nada foi feito para incentivar a criação ou o crescimento das empresas nacionais em todos os setores, por meio da redução tributária, inserção de políticas sérias que visassem cumprir as metas estabelecidas, a eficiente qualificação empresarial para garantir a sobrevivência das organizações e a criação das linhas de créditos desenvolvidas especialmente para dar suporte ao início da implantação organizacional.

A inabilidade nesses últimos anos dessa gestão financeira e a farra com o dinheiro público juntamente ao retardo do diagnóstico para aplicação imediata de mecanismos capazes de implementar os ajustes fiscais necessários para evitar o enfraquecimento da nossa economia começou a cobrar um preço muito alto este ano, diga-se de passagem, que a instabilidade gerada pela crise politica agravou e retardou, ainda mais, a busca pela solução para que o crescimento econômico tivesse alguma perspectiva a curto prazo. Constata-se agora, o fechamento de vários postos de trabalho, o encerramento de atividades empresariais e o pior, a projeção pessimista para os próximos dois anos. A população brasileira não deve absorver esse quadro negativo, precisa sim, trabalhar, qualifica-se e junto aos patrões tentar encontrar soluções para evitar novos fechamentos ou demissões. Crises são excelentes oportunidades para inovações, e já que muitos acreditam que já estamos nela, vamos “arregaçar as mangas” e utilizar a criatividade ao nosso favor. O consumidor deve adotar uma postura mais consciente para o ano de 2016, visando não comprometer a sua renda com compras desnecessárias e evitando o possível endividamento financeiro, pois o governo para resolver o equilíbrio das suas contas, prefere o caminho mais doloroso e injusto para a nossa sociedade. A idéia para a solução ainda é penalizar os contribuintes com a criação de impostos extras ao invés de reduzir os seus gastos operacionais. Diante disso, os brasileiros pagarão duas vezes pelo descumprimento do planejamento financeiro-econômico governamental.

Com a injeção de dinheiro na economia através do 13º salário e festas de final de ano, seguem algumas dicas práticas para contribuir de maneira eficiente no planejamento para 2016 e começar com as contas equilibradas:

  1. Fazer os ajustes necessários no orçamento doméstico: rever suas despesas para diminuir ou cortar alguns gastos fixos da casa (Conta de água, energia e etc.);
  2. Se tiver dívidas, utilize o 13º para liquidação dando preferências aos pagamentos que geram os maiores juros, como o cartão de crédito ou cheque especial;
  3. Buscar novas atividades nos horários vagos para criar fontes extras de renda;
  4. Ao receber o salário ou uma renda extra, poupe no mínimo 10% para investir e garantir um futuro com equilíbrio financeiro;
  5. Trabalhe para realizar sonhos (Comprar uma casa, montar um negócio próprio ou viajar em família);
  6. Se tiver que comprar algo, faça antes um cálculo de quanto será necessário gastar;
  7. Evite comprar por impulso porque tem dinheiro sobrando, cartão de débito ou cartão de crédito disponível;
  8. Faça uma lista de compras antes de ir ao supermercado, pesquise e compre sempre à vista;
  9. Sempre peça descontos, aprendendo assim a arte da negociação;
  10. Mude seus hábitos para torna-se um consumidor Consciente e Sustentável.

 

Lembre-se de que são os seus hábitos e comportamentos que irão determinar a sua relação com o seu dinheiro. Afinal, você prefere um aliado ou um inimigo? Até o próximo encontro.

 

Edval Landulfo, Economista, Coach e Educador Financeiro

Artigo publicado no jornal Ei, Táxi novembro 2015

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